Procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos, de cariz estético, continuam a aumentar, alinhados com o foco social em rejuvenescimento, partindo do pressuposto, verídico, que cada vez mais, a idade biológica não acompanha a cognitiva.
A aplicação de toxina botulínica, vulgarmente conhecida como Botox, é, neste contexto, de longe a mais utilizada, desde a sua primeira aplicação de cariz estético, em 1992.
A mesma, levanta na população em geral o receio da modificação da expressão facial, completamente infundado, desde que aplicado corretamente.
Da mesma forma, infundada, uma percentagem significativa dessa mesma população, procura não a “qualidade” mas o “preço”, cujas variações são amplas, entre profissionais de saúde, qualificados ou não, “curiosos” ou apenas “pessoas”.
Apesar de ser bastante segura em mãos experientes, com sólidos conhecimentos anatómicos, não é isenta de complicações. Sem se alicerçar numa prática clínica bem estabelecida, o risco de possíveis complicações após a aplicação de botox cresce exponencialmente.
Uma publicação interessante, na “Plastic Reconstructive Surgery”, de Fevereiro de 2021, intitulada “Botched Botox Injections: A Transatlantic Epidemic”, alerta para o mesmo.
A “questão financeira” é obviamente essencial, mas não deve ditar a escolha de “quem”; mais vale esperar do que ter de remediar, com custos eventualmente muito mais pesados, a todos os níveis.
Se o seu objetivo é melhorar a aparência da pele, rugas e linhas de expressão procure um profissional qualificado.
Importa também salientar que os resultados do botox são visíveis ao fim de 48/72 horas e não são permanentes, devendo fazer a manutenção do mesmo de 6 em 6 meses aproximadamente.

