Se tem pavor de anestesias e já adiou várias vezes a sua plástica por causa disso, saiba que a anestesia não é nenhuma inimiga.
Em Portugal, a Anestesiologia é uma especialidade médica. A maioria das pessoas sabe que o anestesista é um médico que administra medicamentos que removem a dor e o desconforto de uma cirurgia. O que muitos desconhecem é que, além de garantir o bem-estar do paciente, a principal função deste “super-profissional”, no bloco operatório, é fazer julgamentos críticos e tomar as decisões médicas necessárias para proteger e regular as funções vitais dos pacientes que são alteradas pela cirurgia em andamento. Por isso, deve ser feita apenas por um especialista e num hospital que ofereça toda a retaguarda disponível, para que livre o paciente de complicações.
CONSULTA PRÉ-ANESTÉSICA
Para garantir a máxima segurança é imprescindível contactar com o seu anestesista. É ele quem irá avaliar qual o tipo de anestesia mais indicado, tirar-lhe todas as dúvidas sobre a anestesia a que vai ser submetida e descartará, por exemplo, a possibilidade de empregar um medicamento que aumente a pressão arterial, se a paciente sofrer de hipertensão arterial. E, jamais deve omitir os factos ao seu anestesista, pois estará a colocar sua vida em risco.
TIPOS DE ANESTESIA
Para entender melhor o processo da anestesia, é bom que saiba que existe a analgesia, que é feita através de medicamentos analgésicos e que tem a função de suprir a dor; a sedação ou hipnose, define se a paciente vai ficar ou não consciente durante o procedimento; e o bloqueio condutivo, uma opção de anestesia que, além de deixar a área totalmente imóvel, promove relaxamento muscular. Em cirurgia plástica é comum utilizar o bloqueio condutivo, pois o cirurgião precisa frequentemente de operar sem que haja contracção muscular.
ANESTESIA LOCAL
- Área de actuação: torna insensíveis pequenas áreas de qualquer parte do corpo.
- Resultado: este tipo de anestesia não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, mas produz perda da sensibilidade, temporária, causada pela inibição da condução nervosa.
- Indicação: recomendada para operações simples e pode ser complementada com sedação.
ANESTESIA GERAL
- Área de actuação: no corpo inteiro, deprimindo todas as funções da pessoa (consciência, dor e reflexos).
- Resultado: neste tipo de anestesia o paciente fica inconsciente, sendo induzido ao sono, e respirando através de um tubo ou de uma máscara introduzidos nas vias aéreas.
- Indicação: em cirurgias de grande porte, para operações prolongadas.
ANESTESIA RAQUIDIANA
- Área de actuação: deprime várias funções corporais, principalmente da cintura para baixo.
- Resultado: a agulha perfura a membrana dura-máter, que envolve todo o sistema nervoso, perdendo-se totalmente a sensibilidade abaixo da região escolhida.
- Indicação: para operações nas pernas, glúteos e abdómen inferior, de duração limitada.
ANESTESIA EPIDURAL
- Área de actuação: deprime as funções de certas regiões com o bloqueio de algumas raízes nervosas.
- Resultado: o anestésico actua em volta da membrana dura-máter bloqueando as raízes nervosas necessárias para a cirurgia.
- Indicação: apropriada para vários tipos de cirurgias plásticas, podendo ser utilizada em procedimentos mais longos.
Apesar de ser sempre o Anestesista que determina o tipo de anestesia a utilizar, pode dizer-se que a grande maioria das cirurgias estéticas são realizadas sob anestesia local e sedação, e sempre em meio hospitalar.
2008

